Levantamento foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Governança Trabalhista com empresas de Curitiba e RMC
Grande parte das empresas de Curitiba e Região Metropolitana não possui uma governança trabalhista instaurada e que possa minimizar os danos causados por processos trabalhistas. A conclusão é da pesquisa “Passivo Trabalhista”, realizada pelo Instituto Brasileiro de Governança Trabalhista (IBGTr) com empresas de Curitiba e Região. Participaram profissionais das áreas de recursos humanos, jurídica, administrativa, operacional, vendas e financeira.
A governança trabalhista é uma prática utilizada pelas empresas para terem maior controle de seus processos, o que ajuda a reduzir o volume de ações trabalhistas, diminuir a rotatividade de funcionários e as faltas no trabalho. Uma boa governança trabalhista pode, inclusive, melhorar a competitividade das organizações. “Qualquer empresa que tenha uma gestão de riscos eficiente e transparente tem alicerce para competir. Mas a gestão de riscos deve, obrigatoriamente, incluir a área trabalhista dentro do conceito de governança, com vários pilares de gestão da empresa coordenados entre si e com fluxos de comunicação bem definidos e sempre em prática”, destaca a Diretora Regional do IBGTr no Rio Grande do Sul, Alessandra Lucchese.
Apesar de 60,53% das empresas entrevistadas possuírem departamento jurídico interno, 54,39% não possui um fluxo de trabalho implementado quando surgem novos processos trabalhistas. Além disso, 62,26% das entrevistadas não preveem no orçamento valor destinado às ações de prevenção do passivo trabalhista.
“O grande problema da questão trabalhista é que muitas empresas não veem o direito do trabalho como via de mão dupla, ou seja, não enxergam o preventivo como investimento e só se preocupam quando o processo trabalhista já está instaurado”, afirma Luis F. Cavalari Faller, advogado associado da Becker Direito Empresarial.
“É muito mais vantajoso para a empresa investir no preventivo, não só pela questão financeira, mas também para o clima de trabalho, contribuindo, inclusive, para a melhoria da produtividade”, diz Faller.
Processos trabalhistas – A pesquisa aponta que as principais queixas dos empregados que entram com um processo trabalhista são hora extra (75,86%), dano e assédio moral (10,34%), insalubridade e periculosidade (3,45% cada um).
Dentre as entrevistadas, 42,42% não possuem reclamatórias trabalhistas de seus funcionários, 31,82% possuem até 10 processos abertos e 6,06%, de 11 a 30. Em 3,03% dos casos, há mais de 501 reclamatórias abertas. A maioria das empresas (54,89%) não sabe o valor estimado dos processos.

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